ENTREVISTA : Defalla.

ENTREVISTA : Defalla.

12 de abril de 2018 515 Por Pattyfe Millmam 666

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Eu , em um bate papo informal com dois amigos , que sempre foram de uma generosidade monstruosa , em responder a algumas de minhas curiosidades ,sobre uma banda ,que sempre fui fã .e aprendi muito  assistindo e trocando idéias , Edu K e Castor Daudt ,do  Defalla conversam sobre o futuro ,as novidades e as parcerias e as zoeiras ..(agradecendo já , o tempinho que me cederam ,já que sei que são muito ocupados .)

Pattyfe -Bem vamos começar pelas coisas mais novas , falem um pouco do álbum monstro e do documentário contando a trajetória do Defalla.

Edu k-O Monstro é a obra prima do Defalla. Mais uma pros Indiana Jones do futuro desencavarem em algum momento do espaço/tempo vindouro. Eu nunca aceitei o Defalla como banda revival, baile da saudade, e sabia que a volta da banda só poderia vir no rastro de um disco novo, num mundo novo. eu tava errado, haha! as pessoas querem ver e ouvir o que as pessoas querem ver e ouvir, no nosso caso, o “Defalla” e não o Defalla portanto, aguardem noticias do front, quem sabe, logo menos….

Castor-Foi muito bom, divertido, desafiador.
A volta do Defalla com a formação clássica foi em maio de 2011.
Biba Meira, Castor Daudt, Edu K e Flu.
Foi só para uns poucos shows, mas a procura por shows foi tão grande que decidimos até gravar um novo disco, pois tínhamos muito material guardado.
A volta foi ótima, tudo perfeito. Eu gostei muito.
Durante a gravação do novo disco (Monstro – Deck Discos/2016) foi que encontramos algumas dificuldades.
No final da gravação o Flu saiu da banda e foi substituído pelo Carlo Pianta, que era o baixista da formação original. Ele chegou a finalizar algumas músicas pro disco.
Na turnê de lançamento, (durante o ano do golpe aqui no Brasil, 2016), percebemos que seria melhor dar um tempo e aguardar o desenrolar dos acontecimentos.

Castor-O documentário (Sobre Amanhã – Zeppelin Filmes) foi finalizado em 2015.
Por falta de acordo entre os diretores, a produtora e a banda, ele ainda não foi oficialmente lançado.
Existem algumas cópias piratas por aí.

Pattyfe-como foi a parceria com Humberto Gessinger(engenheiros do Hawaii ) na faixa do monstro?

Edu K-Gessinger é deus e deve ser louvado! Foi muito massa ele ter aceito o convite do Luisinho Louie pra participar do nosso disco! Honra pura e lacre no 100: quando a voz dele entra na musica é tipo filme bíblico, quando as nuvens se abrem e Morgan Freeman, dublando o criador diz, te amo.

Pattyfe – (risos) Caras, eu sei que é recente ,mas…podem falar um pouco do Miranda??

Castor- O Miranda era como um irmão, pra mim. Éramos amigos de infância. Fizemos as primeiras bandas de rock no RS nos anos 70 e 80.
Se não fosse por ele, nem eu, nem o DeFalla, teríamos qualquer carreira musical. Assim como muitos outros músicos e artistas.
Vai fazer muita falta no cenário musical e pra mim, que não vou mais ter com quem conversar sobre música, filmes, séries, quadrinhos, livros e dar risada da vida.

Edu K-O Miranda é o tipo de pessoa que nao morre, como tantos outros do naipe dele. E sim, foi meu google, meu mentor, professor de produção musical e maior incentivador, através da chacota, zoeira e tiração de onda, haha: ele sempre tinha uma palavra “especial” sobre meus aprontes ??????! 

Pattyfe-E como vocês vê , essa mudança de formula de fazer musica do tempo do início do Defalla em relação a hoje?

Castor-A facilidade em gravar em casa e postar no YouTube suas músicas, por um lado facilitou a vida do artista.
Mas, por outro lado, baixou a qualidade e o nível de produção dos trabalhos. Além de aumentar a concorrência, afinal, hoje em dia, qualquer um pode gravar uma música e distribuir online.
Então: facilitou por um lado, mas baixou a qualidade e dificultou por outro.

Pattyfe-eu já li muita entrevistas de você e nenhuma delas é citado o álbum fire ,pode falar um pouco dessa fase do Defalla ? (eu adoro esse álbum ) ahahahahahha…..

Edu K-Essa fase foi foda! adooooro! saqueira de couro na cara, make up kabukinho, espartilho de vinyl, lentes de contato coloridas de 5 cm de espessura, haha e a invenção de mais um estilo pra lista: o trance metal! ?? fora que pari pro mundo a Paquita From Hell, uma de minhas personas (mentira, nao tem persona, é tudo eu mesmo, haha) mays lyndsay, mãe da drag queen do Lipstick Jungle.

Pattyfe-(risos)..você tem uma parceria com,, o Fred Chernobyl(comunidade ninjitsu) antiga , isso influência no teu projeto solo?? como é???

Edu K-eu e o Fredi somos a mesma pessoa, bixo. era segredo, mas… hahahahahahhah……

Pattyfe- (no momento estava rindo , O Edu interrompeu fazendo a pergunta, que eu deveria fazer, e já dando a resposta ahahahhaha………..)

Edu K-Eu sei que tu não é um cara que vive do passado, que até meio que despreza o mesmo, hehe, dito isso, me conta aí quais são as novas?
Entããão, ja dizia Cazuza, o tempo não para, né… to pra lançar um som novo foda, O Faraó: uma vanera funk sertaneja! É o baguy mais lacrado no 100 que eu já fiz! To com um projeto novo foooda, com a lenda Eduardo Branca, de afro house futurista, contando a história dos orixás e também voltei a produzir house e to de olho no verão 2019 na Europa, q é tudo noís que manda e to gravando o piloto do meu programa de TV, O Jardim Elétrico de Edu K, uma revista de variedades digital, que também tem a pretensão Godardiana de registrar todas as minhas mutações, no percurso: só no piloto tem 3 fases recentes minhas, inclusive a fase drag. E tem mais umas surpresas pro final de 2018/inicio de 2019, e uma delas vai molhar as calcinhas dos fãs do Defalla, just sayin…
Pattyfe -fechando a tampa do papo, na zoeira ,vemos que o Defalla tem muita munição pra gastar ahahahha…..

Agradecimento a Edu k e Carlos Castor Daudt.